03 agosto 2012

Mensalão invenção da Operação Condor


Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior. Memorialista cartaxoarrudajr@gmail.com
         A Rede Globo faz agora a maior intervenção na consciência brasileira desde o Proconsult que o Brizola desbaratou. Como Brizola não existe mais, eles pintam e bordam ao seu bem querer. E é isso que nos faz mal. A serie Dossiê, articulada na Vênus platinada, tripudia numa dimensão inimaginável. Parecem que querem fazer como futebol ou coisa parecida. Sei lá.
        Mas nada visto igual. Eles estão se superando. A sonoplastia, a luz, os recursos audiovisuais, uns semi-clips políticos. O Dossiê da Globo é uma parafernália frankensteiniana do sistema visando interferir drasticamente nas eleições. E como não temos marco regulatório... Querem em suma é anular a força do Lula nas eleições.
Eles o estão crucificando. Agora, daqui a pouco vão dizer que Lula deu um cheque em branco para Roberto Jeferson, participou dos assassinatos dos prefeitos do ABC e de mais de dez... Querem sujar a mão do Lula com o sangue desde os operários explodidos de Volta Redonda, passando pela amizade com Zé Rainha e outrs terrorismos... Celso Daniel e Toinho é pinto. O que vem por aí, é daí pra pior. Sei que estou extrapolando mais é o que permite a não existência de um marco regulatório. É uma espécie de campanha da legalidade às avessas contra alguém que já deixou a Presidência da República.
     Transmutados em noviços “anticorrupção” e em caras pintadas de verde e amarelo numa indireta já sem fim... Trata-se de mais uma tentativa de golpe tramado, tendo como pano de fundo a Ação penal 470, no dossiê Mensalão. Chamam Lula às falas de áudio que não houve! São outras Cartas Brants, outro Plano Cohen. É o que estão armando nas arapucas da Globo. Isso esta sendo montando para ser o “Cansei” que vai dar certo. Quer apostar? É isso que vem aí camaradas. O que aconteceu com o Paraguai foi só ensaio que quase esta dando certo até agora. Eles armam ao mesmo tempo no Equador e Bolívia para não falar em Honduras e Venezuela. Essa é esdrúxula: a Bolívia proibiu o Mac Donalds e a Coca cola. Durma com essa e acredite se quiser, mas isso é que é.
      O que querem com isso que parece brincadeira? É alicerçar golpes de estado na América ibero Latina. É a Operação Condor atuando com vigor, intensificando golpes e mais golpes nas recentes democracias da América do Sul. O que está acontecendo é um repeteco do impeachment fracassado do Lula usando novamente a gravação do Mauricio Marinho nos Correios, as filmagens no hotel Nauhn a fita do Valdomiro mostrada 2 anos depois, e com mais violência no tempo que o mês inteiro que Gilmar Mendes esperou para dizer que Lula o coagiu no escritório do Nelson Jobim. O mesmo tempo extraordinário que o ministro Chefe do Supremo demorou em atravessar a Praça dos Três Poderes para, sem nenhuma prova ou cerimônia, ir chamar o Presidente Lula “às falas” da conversa dele, ministro Gilmar Mendes, com o então impoluto senador Demóstenes Torres, em pleno Palácio do Planalto, durante o expediente.
A relativização do tempo e do espaço que eles fazem com mentiras é capaz de fazer Einstein morder a língua.
       Uma piada muda na história dos golpes contra o governo Lula onde Gilmar Mendes é réu. Acuso-o de blasfêmia como integrante de uma máfia que quer que essa América permaneça quintal dos EUA e República de bananas, macacadas e goriladas. Este e outros a querem transformada em republiquetas de arapongas com destaque a Carlinhos Cachoeira, que não passa na verdade de só mais um marionete da Operação Condor. E tão pouco é uma vingança do Demóstenes Torres por ter sido vetado pelo Zé Dirceu para ser Secretário de Justiça. É isso. É golpe de Estado mesmo, puro e cru; a velha tentativa de impeachment de Lula no seu primeiro governo que agora eles vão tentar concretizar com a ação penal 470, que tramita ao vivo e nas cores que o arco íris da Globo ousar delinear, armando um lento golpe por que o rápido impeachment de Fernando Lugo não vai impedir a democratização do Paraguai e eles começam a perceber isso...
   O mensalão sobre o qual Roberto Jeferson diz que foi Miro Teixeira que falou primeiro e ele desfraldou e que depois tenta desmentir, já esta imortalizado como uma Fênix e quem a direciona agora, não é o Jeferson, nem seu advogado, pois é trata-se de mais uma garra da Condor.
        Repito: isso é alicerce para enfraquecer o papel do Lula nestas eleições municipais. Mas pode se transformar no inverso. E parte disso depende de nós.